quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Um dia em Paris

A facilidade com que encontro brasileiros faz com que dificilmente eu me sinta longe de casa.

Hoje acordei e, após comer algo, verifiquei no meu e-mail a mensagem de uma amiga brasileira que mora em Lyon. Ela havia me enviado o número de telefone de um amigo brasileiro que mora na casa do Brasil, aqui na cidade universitária. Conversei com ele e resolvi as dúvidas que tinha a respeito de algumas questões burocráticas. Ele me convidou para a pelada no final de semana com outros brasileiros.

Saí de casa, em direção à universidade. Uma moça me aborda na rua pedindo uma informação e, não sei bem por que, eu lhe respondo (em português):

- Você é brasileira?

- Como você sabe?

- Foi apenas um palpite. Já percebeu como é grande a chance de encontrar brasileiros por aqui?

Expliquei-lhe o funcionamento da cidade universitária e fiquei orgulhoso de poder dar uma informação para uma paulista que já está há 3 anos na França.

Ao chegar à universidade fui direto ao centro de dança para fazer minha inscrição no curso de Salsa. Ao entrar na sala de dança, vejo que sou o único homem entre umas 10 garotas – a maioria ainda bem tímida para dar os primeiros passos. Assim, inscrevi-me na turma intermediária e, no entanto, a professora me pediu que viesse também a turma de iniciantes para ajudá-la. Será um prazer! (Terei uma tarde inteira de dança toda semana!). Não encontrei brasileiros, mas ao comentar que dançava forró no Brasil, uma das alunas me falou sobre uma casa de música brasileira – samba de gafieira e forró - no centro de Paris.

Em seguida, me dirigi ao centro de línguas para inscrever-me nas aulas de francês. No elevador, mais duas brasileiras conversando. Troco duas palavras e sigo para o lado oposto ao sair do elevador. Antes de fazer a inscrição no curso, espero alguns momentos numa fila onde um italiano conversa comigo em português (de Portugal)...

Vou direto para o restaurante universitário (onde no dia anterior um trio de rapazes tocava jazz e bossa nova) e, no hall de entrada, encontro a segunda brasileira (curitibana) que conheci em Nanterre, que faz o mestrado em direitos humanos lá (a primeira foi uma cearense). Eu chegando, ela saindo do almoço. Dou uma dica a ela sobre o curso de línguas e combinamos de nos encontrarmos mais tarde para ir ao Museu Rodin, onde o Felipe, um amigo mineiro, que está mochilando por alguns dias na Europa (pelo couchsurfing), estaria me esperando.

Encontramos o Felipe, visitamos o museu e pegamos cada um uma Velib (no sistema de bicicletas livres de Paris) até Notre Dame. Na ruela onde vamos tomar um café, subitamente um berimbau dispara a tocar e um grupo de baianos a gingar capoeira. Os caras são bons, apesar de bem caricatos, meio show man (ou globe troters, como o Felipe descreveu), mas ainda assim com um jeitinho baiano inconfundível.

Começa uma chuva leve. A Noyelle parte pra casa e ainda tomo umas duas cervejas (por 8 Euros!) com o Felipe. Pego o metrô de volta e, em casa, antes de dormir, discuto rapidamente pelo Skype um trabalho que estou concluindo com um amigo carioca que morou em Brasília e agora está em Maceió.

Museu, rio, catedral, bicicletas, metrô e croissants... falta agora só conhecer os parisienses!

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Brasileiros no museu rodin

Felipe fotografando /// Noyelle entre as palmas de Rodin /// Jonas Hi-Five!

4 comentários:

  1. Isn`t it amazing how many Brazilians are there outside Brazil?
    Here in Japan I meet them all the time ahaha
    Man, I envy you, you just arrived and already found dance classes! What am I waiting for ahahah, i will do the same and find some good salsa school or smth.
    By the way, I started a calligraphy class, but I have to learn how to bow first.
    Beijos!

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  2. Pois é
    fez certo, nada como cursos pra arumar novos amigos!
    te desejo muito sucesso! vc merece!
    beijos

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  3. tem certeza de que vc está realmente em Paris?! Acho que o avião deu umas voltinhas com vc e desceu em um colônia francesa em bsb mesmo... curitibana, paulistana, cearense, mineiro... isso tá com cara de bsb!
    Fico feliz por vc! Divirta-se muito e barbariza na pista! Vou cobrar as aulas de forró com juros: quero aulas de salsa porto riquenha com sotaque francês!
    Beijinhos!!!!!

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